Segundo Rui Domingues, já eram poucas as mulheres que faziam estas rendas.
“Já só havia ali algumas idosas que faziam as rendas, mas, entretanto, criou-se ali um processo de formação. A primeira, acabou em outubro do ano passado e agora vai haver uma nova. No final deste mês, começa uma nova vaga de formação para quem já teve e para quem quer aprender. Por acaso, ficámos muito contentes porque apareceram umas quantas pessoas para aprender, da freguesia e de fora dela.”
Ainda não tem data marcada, mas este ano, Póvoa de Atalaia vai acolher mais uma edição da feira das Lérias. O evento, criado para divulgar e promover esta renda, regressa este ano, “com os desfiles mais organizados, com um concurso de moda em que são convidadas as escolas das universidades para competirem, será essa a ideia.”
E se a feira das Lérias já encontrou o caminho que a diferencia de todas as festas do concelho, a feira dos enchidos, ainda precisa de um toque de inovação. O evento, que celebra uma das atividades económicas mais importantes de Atalaia do Campo, está de regresso este ano.
“Em princípio vai manter-se nos mesmos moldes, mas precisava de alguma inovação. Uma coisa que nos diferenciasse das outras feiras que há no concelho.”
Quanto à festa das Papas, tradição secular de Póvoa de Atalaia, que regressou em 2023, depois de cancelada durante dois anos devido à pandemia, teve de ser a junta de freguesia a reativa-la, com um grupo de voluntários, para não se perder a tradição.
"Este ano teve de ser a junta de freguesia a dar esse apoio, esperemos que tenha sido por causa da pandemia. A festa era para ter sido feita em 2021, não houve, em 2022, também não. E agora teve de ser a junta de freguesia com uns quantos voluntários, a quem agradecemos, para conseguirmos cumprir a tradição.”
O autarca acredita que tenha sido a pandemia a responsável pela desmobilização e espera que, no próximo ano, a organização da festa regresse à normalidade.