Soutos e castinçais são cada vez mais uma memória nostálgica de um passado secular que permanece em loas antigas, também elas esquecidas, cantadas por zagais e camponesas. E como se não bastasse todo esse esquecimento as chamas impiedosas que são já uma marca nacional, todos os anos destroem esses senhores da floresta que teimam em resistir”, sublinha em comunicado o LCCB.
Foi com o espírito de contribuir para a inversão desta situação que o Lions Club Cova da Beira mudou este ano o figurino do seu magusto, assinalado no passado 12 de novembro.
Decidiu “que não chega pensar ou repensar a floresta, é necessário atuar, ajudar a replantar a área ardida” e pela manhã, em colaboração com a Associação Cultural Abrigo das Sarnadas, mulheres e homens Lions pegaram na enxada e nas cerca de 100 árvores e rumaram aos Baldios de Verdelhos, junto da sede do Clube de Caça e Pesca.
“Ali a natureza vai tentando reagir, o manto negro de cinzas vai dando lugar ao verde, primeiro dos fetos, depois de outras herbáceas anuais que acordam com as primeiras chuvas”
O contributo humano acelera o processo de reabilitação e os participantes no evento procederam à plantação de árvores autóctones.
Depois da tarefa cumprida, o almoço e as castanhas assadas prologaram o convívio “e a certeza de um contributo, ainda que pequeno, para uma floresta melhor” afiram a presidente do Lions Clube Cova da Beira que agradece o acolhimento da JF de Verdelhos e do Centro Social e Cultural daquela freguesia.