A exposição de Joana Patrão surge na continuidade de outra denominada “A brisa do maremoto”, uma instalação de vídeo e som apresentada o ano passado em Lisboa e que se focava na pedra de lioz, onde os fósseis aprisionados na pedra, visíveis por toda a cidade, surgiam em diferentes estados de conservação, degradação, fratura e erosão.
Agora, com a mudança de lugar, de Lisboa para o Fundão, a instalação transforma-se e os fósseis desintegram-se. No Espaço Pontes já não vai haver pedro, mas sim aridez, “a areia seca que remonta a um mar longínquo, a areia de contagem do tempo e a areia que apaga as pegadas, apaga os vestígios, a areia do esquecimento”.
Um trabalho que incide no estudo da paisagem, em instalações que oscilam entre vídeo, som, desenho, fotografia e o recuso a processos e matérias naturais que caracterizam a autora Joana Patrão. A artista plástica que vive e trabalho no Porto, é formada em Belas Artes e Artes Plásticas e expões regularmente desde 2014.
A mais recente instalação é inaugurada no Espaço Pontes no dia 10 de novembro às 16 horas e fica patente até 8 de janeiro de 2023, podendo ser vista da Rua João Franco a qualquer altura do dia.