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Apesar da oferta formativa contemplar cinco cursos de grau II e IV, os mais procurados ao nível do ensino secundário são a Produção Agropecuária e a Gestão de Equinos. No que diz respeito ao terceiro ciclo, as ofertas com mais frequência são operador de jardinagem, operador de máquinas agrícolas e tratador e desbastador de equídeos.
A relação da escola que se situa na Aldeia do Souto com a comunidade é notória, não só quando convida a população a usufruir do centro hípico, ou quando os técnicos de pêssegos vão fazer o balanço daquele pomar, ou até mesmo quando comercializam a sua produção com empresas da região.
Aquando do grande incêndio na Serra da Estrela, as chamas chegaram ao território daquela escola e por lá estiveram dezenas de bombeiros a combater as chamas. Durante esses dias infernais de agosto, o bar da escola e as suas camaratas estiveram ao serviço das corporações. O mesmo fogo que destruiu, de acordo com Agostinho Ferreira, uma biodiversidade impossível de quantificar e a vontade de continuar a preservar a floresta. Mas o diretor da Escola da Lageosa garante que, agora, a ação formativa daquele ensino profissional vai passar pela regeneração daquele território.
“Por exemplo, a reintrodução de novas espécies que tenham sido destruídas; a criação de microhabitats que facilitem o aparecimento das espécies que foram embora e que possam voltar a aparecer; uma outra forma de olhar para a gestão da água uma vez que este é um recurso cada vez mais escasso e limitado, então é basicamente por aí que nós vamos começar a trabalhar”.
Outra das prioridades do estabelecimento de ensino profissional é modernizar os atuais equipamentos e infraestruturas, numa perspetiva de digitalização, para que o setor agropecuário seja cada vez mais atrativo. Uma missão cada vez mais difícil nos dias de hoje, mas que a Escola Profissional da Quinta da Lageosa não desiste de desempenhar.