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O festival continua a ter uma forte aposta na ligação à comunidade local e ao território, nomeadamente à Serra da Gardunha, mantendo ainda o "selo de qualidade" que em muito terá contribuído para o êxito da primeira edição, cuja projecção mediática ultrapassou todas as expectativas, disse o presidente da câmara municipal do Fundão. O autarca diz ainda tratar-se de uma viagem com um universo rico e polifacetado "que será certamente explorado pelo s participantes".
O evento não esquece o fundador do Jornal do Fundão, António Paulouro, no ano em que se comemora o centenário do seu nascimento, "uma pessoa que desbravou caminho na literatura, através dos suplementos publicados pelo JF, tornando-se um caso ímpar no panorama da imprensa portuguesa e fazendo parte da história da literatura portuguesa. Como patrono espiritual podermos fazer as viagens imaginárias à sombra daquilo que foi a obra de António Paulouro, sobretudo no campo cultural. Foi verdadeiramente exemplar".
À semelhança do ano passado, o festival conta com a realização de residências artísticas, que serão integradas pelos escritores Tatiana Salem Levy e Valério Romão, e pela fotógrafa Céu Guarda. Cada um deles ficará, de 18 e 22 de Maio, em diferentes pontos do concelho (Castelo Novo, Donas e Fundão), nos quais serão desafiados a contactar com a comunidade, em particular com alunos de diferentes graus de ensino das escolas do concelho.
Refira-se ainda a realização de um "workshop" sobre a escrita de literatura de viagem e de um espectáculo de teatro "Portugal, Meu remorso", que tem como base textos de Alexandre O`Neill e que será interpretado pelos actores Ana Nave e João Reis.