José Flávio sublinha que a área florestal do concelho "não se pode transformar numa mancha de eucaliptal" e considera que há várias espécies que devem ser introduzidas "temos de fazer uma reflorestação pensada para que a anarquia acabe; temos espécies como o pinheiro e o castanheiro que fazem parte da morfologia do nosso território e é nesse sentido que devemos caminhar".
Nos incêndios das duas últimas semanas arderam em todo o concelho mais de 2500 hectares de floresta e José Flávio adverte que essa situação vai trazer consequências "nomeadamente ao nível da manutenção dos lençóis friáticos e também da erosão dos solos, sendo que neste último caso pode deixar de haver retenção de água e dai resultarem alguns problemas que vamos ter que resolver".
O comandante operacional municipal rejeita ainda a ideia de que, com a manutenção em funcionamento do antigo aeródromo municipal, a extinção destes incêndios seria feita duma forma mais rápida "isso é mentira e quem diz isso não sabe o que está a dizer porque o tipo de aviões que estava no aeródromo era para abastecimento em terra e isso agora está proibido; o heliporto que foi construido em Cortes do meio encontra-se num local estratégico e pode chegar a qualquer ponto do nosso concelho em cinco minutos".