Telmo Guerra está emigrado na Suíça desde 2012 e foi lá, numa iniciativa voltada para a comunidade portuguesa, que o público pôde conhecer alguns dos trabalhos do artista, natural da Covilhã. Um deles foi a imagem de José Saramago em duas portas de madeira que representam “esperança, oportunidades, novos começos e transformação; a abertura de novas possibilidades e desafios”.
Quanto à gravura em baixo relevo do Nobel da Literatura, Telmo Guerra considera que “a imagem de alguém tem mais capacidade de nos desassossegar. Na gravura, existe uma poesia visual impossível de ser reproduzida noutra forma de arte”.
A obra que homenageia Saramago foi vista não só pelo público, mas também por membros do Consulado-Geral de Portugal em Genebra, que “consideraram oportuno” tê-la em exposição nas instalações consulares, durante os próximos dias.
Depois disso, é desejo do artista ceder a obra para a Fundação José Saramago, em Lisboa, num ano em que se celebra o centenário do nascimento do escritor português, assinalado no passado dia 16 de novembro.
Telmo Guerra nasceu na Covilhã, em 1974, e dedica-se, sobretudo, a gravura de baixo relevo com rostos, combinando-os com elementos da cultura portuguesa, predominantemente motivos da azulejaria, a Cruz de Portugal ou a Cruz da Ordem de Cristo.