A notícia é avançada pelo jornal Público, na edição desta segunda-feira, onde apresenta uma lista das universidades portuguesas e o respetivo valor para a entrega da tese de doutoramento. Os preços variam de instituição para instituição e se na Universidade dos Açores e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) não exigem qualquer valor adicional, na Universidade da Beira Interior é onde se verifica o valor mais alto a cobrar, ocupando o primeiro lugar da lista.
Na mesma publicação, as instituições de ensino superior justificam a cobrança pelo facto desta “taxa de admissão a provas de doutoramento” ser um suplemento às propinas, servindo para “suportar custos administrativos”.
Neste caso, a UBI alega que o preço que cobra por doutoramento é inferior aos praticados noutras instituições, como por exemplo em Coimbra ou nos Açores, onde as propinas podem chegar aos três mil euros e na Beira Interior variam entre os 1600 e os dois mil.
Na Universidade de Coimbra, o valor para a entrega de tese de doutoramento é de 50 euros.
Na notícia do Público ficou ainda por justificar o porquê de os alunos pagarem as “despesas administrativas” quando já pagam as propinas. Em declarações ao jornal, a Associação de Bolseiros de Investigação Científica afirma que já é hábito levar esta questão às reitorias, mas sem respostas. A presidente da associação, fala de ausência de regulamentação, e considera as questões administrativas uma falsa questão.
De: Lara Cardoso