O projeto Montanha Viva tem como objetivo desenvolver um sistema de apoio à decisão, à operacionalidade inteligente e em tempo real na exploração económica das plantas de montanha, especialmente em localizações remotas (sem ligação à internet), com vista a estimular o aproveitamento económico de plantas existentes, o aumento da produção, a redução de consumo de recursos naturais, contribuindo para a promoção da biodiversidade e preservação da sustentabilidade ambiental, em particular, das plantas silvestres de montanha, refere a UBI.
O ponto de partido do projeto passa pela identificação e caracterização de plantas de montanha com características potenciadoras de mitigação natural de pragas e doenças em culturas agrícolas e com propriedades de aplicação em saúde e bem-estar, para a criação de um sistema de sensorização local e remota para análise do vigor das plantas, aliado a algoritmos de inteligência artificial para suporte à decisão na realização de atividades culturais em plantas existentes ou em novas explorações agroflorestais. Adicionalmente, visa a consciencialização, capacitação e promoção do turismo sustentável de montanha, por via da biodiversidade local.
A iniciativa é promovida pelo consórcio liderado pela Universidade da Beira Interior (UBI), do qual fazem parte o Município do Fundão, a Associação CBPBI – Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior, a SpaceWay Lda. e a Agência de Desenvolvimento Gardunha 21. O projeto encontra-se sediado no Centro de I&D C-MAST - Centre for Mechanical Aerospace Science and Technologies, sendo investigador responsável o docente Pedro Dinis Gaspar, do Departamento de Engenharia Eletromecânica. O projeto foi um dos vencedores no Programa Promove, altamente competitivo, o que demonstra a inovação, coerência e benefícios para o futuro do Interior que poderão ser induzidos pelo projeto.