A apresentação decorre no recinto da Capela onde se celebra a Romaria em Honra de Santa Apolónia, uma das romarias incluídas no livro. As outras cinco são a Senhora de Mércoles, de Castelo Branco; Santa Bárbara, da Lousa; Senhora da Orada, de São Vicente da Beira; o Anjo da Guarda, de Alpedrinha; e São Macário, do Alcaide.
“Lendas e Romarias da Beira – Narrativas com Identidade” é uma obra que nasce no segundo confinamento obrigatório "e dá resposta a necessidades básicas de sobrevivência da editora Alma Azul em tempo de pandemia", refere a editora.
De acordo a Alma Azul, o livro foi realizado com fracos recursos de tempo e de orçamento; e em regime de precaridade, pretendeu a autora com esta obra "iniciar um caminho diferenciado na abordagem da memória e com ela criar uma relação literária com a etnografia".
Rejeitando que são as imagens que contêm a grande leitura simbólica da religiosidade e das festividades comunitárias; pretendeu integrar a Escrita e a Leitura numa representação literária do ancestral e praticar uma reflexão sobre os rituais que sobrevivem em plena idade tecnológica.
A editora refere ainda que o livro é também uma abordagem sentimental às romarias mais próximas da autora; daí este ser este apenas o primeiro volume.
O segundo volume, com saída prevista em 2023, integrará mais seis romarias, com grande destaque para a Senhora do Almortão, em Idanha-a-Nova; e a Santa Luzia, no Castelejo; como romarias maiores do distrito de Castelo Branco.
Mas continuará ainda assim a pensar as pequenas comunidades e os seus recursos de preservação da sua identidade.