Uma cerimónia onde Alcina Cerdeira anunciou a intenção da câmara municipal apresentar uma candidatura a fundos europeus, através da Aderes, para melhorar a oficina e o espaço exterior da Casa do Bombo.
“Vamos ter aqui, quase, um jardim sensorial, com vários objetos de percussão, para que as pessoas possam experimentar, tocar, são essas sensações que queremos recriar neste ambiente magnífico do espaço exterior. A visita à Casa do Bombo vai começar antes e entrarem na casa, propriamente dita.”
Da candidatura faz ainda parte uma melhoria da oficina do bombo, com o objetivo de promover este saber junto das novas gerações.
“Queremos muito passar para as nossas gerações, para não se perder este património, e foi sobretudo para esse efeito que nós inscrevemos, de salvaguarda urgente, no Inventário Nacional. Estamos a preparar várias formações, workshops e outras atividades para dar continuidade a essa aprendizagem aos mais novos.”
A construção de bombos e caixas é uma das 29 expressões imateriais que fazem parte do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, mas há outro património no concelho que poderia figurar da lista.
“Há muitas que poderiam ser, até aqui, em Lavacolhos, a procissão dos penitentes poderia ser uma, há tanto património riquíssimo, a romaria de santa Luzia, também poderia ser inscrita. Há tanto património, claro que o processo é moroso, difícil e exaustivo, que nos levou anos de trabalho, e por isso é que, provavelmente, não se inscrevem mais a nível nacional.”
Uma inscrição que vai permitir preservar a arte de fazer bombos e caixas, no concelho, e promover o bombo através da Casa do Bombo de Lavacolhos, que é visitada em média, por mês, por mais de duas centenas de pessoas.
“Todas as semanas tem vários visitantes, temos uma média de 200 a 300 pessoas por mês, mas também, há outro tipo de visitas que é praticamente diária que são as crianças das escolas. Mas, de qualquer modo, nós vamos criar novos programas de visita para as famílias.”