A decisão de evocar interesse público, nas duas situações, foi tomada na ultima reunião pública do executivo. No concurso público para encontrar um novo responsável para a prestação do serviço de transportes na cidade a autarquia recebeu propostas de três interessados e neste momento decorre o processo de negociação, mas a actual empresa concessionária “Transcovilhã”, entende que o processo não está a decorrer de acordo com o articulado do concurso.
Para João Esgalhado, vice presidente da autarquia, os argumentos do consórcio não têm fundamento e acrescenta “ que há uma empresa que quer ganhar na secretaria e que a negociação fosse feita só com ela. Isto porque o município disse no projecto do concurso, que ia negociar com a empresa melhor qualificada, quando queríamos dizer as empresas melhor qualificadas. E eles agora queriam que fosse só com ela”. Na reunião pública do executivo, a autarquia decidiu, por unanimidade alegar interesse público do município. Uma deliberação que vem contestar os argumentos na providência cautelar que é “uma deliberação que reconhece que a providência cautelar é negativa para o interesse público e a suspensão do processo é negativa para as populações. Com esta deliberação permite continuar o processo, enquanto se espera por uma resposta do tribunal.”
Quanto à venda de 49% do capital social da empresa “Águas da Covilhã”, a decisão de invocar interesse público foi tomada por maioria. João Esgalhado refere “ que os argumentos são sem qualquer fundamento e que não têm sustentação. Esperamos que o juiz entenda da mesma forma.” A bancada do PS votou contra por considerar que não existe interesse público neste negócio que “é gravoso para o município e para os munícipes, porque se trata de arranjar dinheiro para o foguetório pré-eleitoral.”