"Nunca pensei pedir a desfiliação do partido em que milito há 25 anos, a quem tanto devo e a quem entreguei boa parte da minha vida, do meu empenho e do meu entusiasmo. E se o faço hoje, no que provavelmente é o mais difícil ato político da minha vida, é porque o partido em que me filiei, o CDS das liberdades, deixou de existir", refere o ex-vereador da Câmara Municipal da Covilhã.
De acordo com Adolfo Mesquita Nunes, a sua saída assenta "na convicção de que o CDS é hoje, estruturalmente, um partido distinto" daquele em que se filiou e "um partido que quer afastar-se do modelo de partido" que serviu como dirigente.
No anuncio feito este sábado, o ex-secretário de estado, admite que deixa o CDS, após 25 anos, "sem uma gota de arrependimento" pelo percurso que fez. "Foi uma honra ter servido e representado o CDS e é com orgulho que olho para o que, com erros e acertos, fomos capazes de fazer em nome da direita das liberdades. Nunca fiz esse caminho sozinho". "O meu valor primeiro é o da liberdade. Nunca o comprometi ao ser do CDS. E é em nome dela liberdade que me desfilio", conclui.