Pois é! Cedo se viu que a equipa do Teixosense iria sentir dificuldades perante este renovado Alcains! Os pupilos de João Laia formam um conjunto coeso, disciplinado e paciente qb, para de uma forma bem trabalhada, ir desgastando o seu adversário. Nem a lesão (que se suspeita ser grave) que afastou prematuramente (10`) Nuno Baptista do jogo, retirou o domínio e fluidez de jogo aos donos do terreno, que passavam largos minutos instalados no meio campo contrário, sem que os visitantes conseguissem libertar-se desse colete de forças.
Ao minuto 11 Daniel Fernandes iniciou e concluiu uma bonita jogada que terminou com um cabeceamento à barra da baliza de Joel, e pouco depois só a estirada do guardião forasteiro impediu que o marcador funcionasse, detendo um cruzamento com selo de golo, efectuado por Nuno Carvalheiro.
Aos 35 minutos Hélder Rodrigues marcava o primeiro golo da tarde respondendo bem a um livre apontado por Nuno Carvalheiro, mas a defensiva Teixosense tem de assumir responsabilidades por ter deixado à solta o irrequieto avançado local.
O intervalo chegou sem mais lances merecedores de referência, e ajustava-se ao que se tinha passado no terreno de jogo.
Para a segunda metade o Teixosense apareceu forte, e logo no 1º minuto poderia ter alcançado a igualdade. Hélder Morais isolou Canário, mas este não conseguiu ultrapassar André Raposo, graças à mancha perfeita que o jovem guardião do Alcains efectuou.
Este lance parecia trazer o Teixosense mais organizado para os segundos 45 minutos, mas o lance do 2º golo dos da casa desmentiu essa conjectura. Minuto 49: a defensiva forasteira tinha o esférico controlado e ía sair para o ataque, mas um passe mal medido acaba nos pés de Mário Pina, que de imediato rematou à baliza, fazendo um golo de belo efeito.
O golo sofrido pesou bastante no anímico do Teixosense que passou depois por um largo período de sufoco. Ao invés o Alcains galvanizava-se a olhos vistos e esteve perto de novo golo aos 54 e também aos 58 minutos. Não marcou nesses lances mas haveria de o fazer aos 67 por intermédio de Daniel Fernandes, que se isolou e bateu inapelavelmente o desamparado Joel.
A perder por 3-0 Paulo Serra mandava subir as suas linhas em busca do golo que pudesse inverter o rumo dos acontecimentos e este esteve perto de acontecer, mas o remate de Tiago Felizardo passou a rasar a trave da baliza de André Raposo, quando tinha tudo para comemorar com êxito. Grande perdida!
Não marcou o Teixosense, determinou o Alcains. Wiliams dos Santos estreava-se pelos canarinhos e também a marcar (84`), recarregando com sucesso uma bola que teimava em não sair da área contrária, elevando a contagem para uns inesperados 4-0.
A três minutos dos 90 André Reis quase festejava o tento de honra quando obrigava André Raposo, a meias com a trave, a defesa dificílima para canto, mas seria de novo o Alcains a festejar com a obtenção do 5º e último golo, desta feita da autoria de Nuno Carvalheiro, transformando com êxito uma grande penalidade cometida por Hélder Morais e que teve tanto de justa como de escusada.
Foi, enfim, um resultado que o Alcains fez por obter e o Teixosense pouco labutou para não merecer.
Excelente arbitragem de Ricardo Fernandes e seus pares.