"As matérias ancestrais são reconfiguradas neste espetáculo por músicas e linguagens de cena mais urbanas, como o fado e o vídeo. "talvez... Monsanto" constrói-se, então, como um ritual, em que se sai e entra da palavra dita ou cantada, da música e, sobretudo, dos ritmos e percussões", refere a autarquia.
As Adufeiras de Monsanto estão em palco, a representar a marca Idanha - Cidade Criativa da Música da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
O repertório do grupo baseia-se no cancioneiro popular daquela aldeia do concelho de Idanha-a-Nova. As suas atuações distinguem-se pela beleza dos seus trajes, réplicas de vestes antigas, e pela genuinidade dos cantares e do tocar do adufe, que, ainda hoje, é tocado apenas por mulheres, constituindo representações das tradições milenares de Monsanto, que desde 1938 é considerada a "Aldeia Mais Portuguesa de Portugal".
Atualmente composto por seis elementos, a formação original das Adufeiras de Monsanto nasceu em 1997, quando Amélia Mendonça e Laura Pedro foram desafiadas pela etnomusicóloga Salwa Castelo Branco e pelo encenador Ricardo Pais a reunir um grupo de mulheres monsantinas.
c/ Verónica Hilário