São mais de 200 páginas em que a ficção se entrelaça com dados reais sobre o crime que, em 1918, vitimou mortalmente Sidónio Pais. Uma obra em que Moita Flores procura demonstrar que Portugal nunca conseguiu apurar, de forma concreta, a morte de figuras de estado "neste caso tivemos um suspeito que foi preso mas que nunca foi julgado; anteriormente, na morte de D. Carlos, há suspeitas de que o alvo era João Franco e posteriormente com Sá Carneiro o caso também nunca foi devidamente esclarecido".
A obra já há vários anos que estava na forja, mas desta vez Moita Flores decidiu avançar para a sua publicação numa alegoria à conjuntura de crise que Portugal está a viver "naquela época o país estava a viver uma grande crise e por isso decidi agora com a publicação deste livro também para simbolizar essa questão".
Quanto a próximos trabalhos na mente do autarca de Santarém está a hipótese de escrever um livro sobre a actualidade "é algo que me está verdadeiramente a entusiasmar uma vez que existe uma enorme falta de realismo da classe política que se tem entretido a discutir casos como a PT ou a revisão da constituição quando Portugal está a viver uma enorme crise do ponto de vista social e económico".
No entanto, a próxima publicação de Moita Flores vai ser um livro de contos juvenis. Uma obra que vai chegar aos escaparates no próximo mês de Setembro.