POL�TICA
CDS QUESTIONA MINISTRA DA AGRICULTURA
O grupo parlamentar do CDS/PP na assembleia da república, por intermédio do deputado João Almeida, questionou o ministério da agricultura
sobre as dificuldades que os produtores de cereja e pêssego da região estão a atravessar e exige a adopção de medidas para apoiar a minimizar
os prejuízos.
Por Nuno Miguel em 23 de May de 2020
O deputado do CDS/PP refere que a campanha deste ano ficou marcada por “estragos avultados provocados por fenómenos climáticos ocorridos em Março e Abril deste ano”, acrescentando que “a produção de cereja e pêssego representam um peso social e económico relevante no distrito de Castelo Branco, representando mais de 50% do total da produção nacional. A cereja representa um volume de negócios de cerca de 14 milhões de euros, enquanto o pêssego representa um volume de negócios próximo dos seis milhões”.
João Almeida acrescenta que, face a esta situação “e dada a importância destas fileiras para a economia regional e nacional” é necessário saber “que medidas estão a ser tomadas, no sentido de ajudar estes produtores e minimizar o impacto pela ausência de produção comercializável para fazer face à procura interna”.
O CDS/PP defende “a criação de uma linha de crédito com juros bonificados e período de carência, com garantias do estado com limites de montante por hectare de pomar em produção, para produtores afectados pelas quebras avultadas de produção” e ainda “a criação de condições para que haja uma especial atenção nas peritagens dos seguros de colheita realizados a estas culturas na campanha de 2020, para que se adequem o mais possível à realidade dos segurados”.
João Almeida afirma que “este ano, para além das vicissitudes decorrentes da pandemia, a campanha tem vindo a revelar-se anómala e atípica” devido às condições climatéricas e considera por isso “importante, tanto para a economia da região como para a economia nacional, encontrar mecanismos legislativos que permitam apoiar e mitigar a quebra de rendimento de todos os que estão directa e indirectamente ligados a estas duas fileiras, em que as quebras na produção podem chegar aos 70 por cento”.