“Eu sou apologista que todos os utentes já deviam ter feito o teste, os testes são muito importantes, a gente percebe que hoje pode dar negativo e, passado três ou quatro dias, já estar negativo, se não fizer o isolamento, mas nos lares toda a gente está a cumprir o isolamento, portanto, se fizéssemos os testes estávamos todos mais descansados.”
Rui Amaro, em entrevista ao programa Flagrante Direto da RCB, este fim de semana, disse que no Centro Social do Peso, as medidas são apertadas e o isolamento cumprido a rigor.
O centro acaba também de estabelecer um acordo com a diocese da Guarda para a cedência da Casa Paroquial da aldeia, caso sejam necessárias camas de retaguarda.
“Nós chegámos a acordo com a diocese para termos a casa paroquial, também temos uma casa nossa, ou seja, temos 10 camas disponíveis de retaguarda, para o caso de ser necessário, logo ali ao lado do lar.”
Rui Amaro espera que a situação seja ultrapassada a bem de todos, e antevê um cenário de crise nas instituições de solidariedade social. Desde que entraram em vigor as medidas de contenção, o lar que dirige está a gastar mais 300 euros por dia.
“Nós vamos passar uma fase difícil a nível económica, estamos a gastar mais 300 euros por dia, só com a higienização rigorosa que estamos a aplicar, esperamos que a Segurança Social venha junto dos lares, a seguir, a dar um apoio extra, porque senão, todas as instituições vão passar muito mal a nível económico.”
Para já o isolamento é apertado, no Centro Social do Peso. Rui Amaro entende que o país acordou tarde para a realidade dos lares, onde já deveriam ter sido feito testes a todos os idosos.