“A maioria são estudantes oriundos de outros países, sem apoio dos pais, e nós pensámos que faria todo o sentido entregar esses cabazes, com os meios essenciais, e entregar porta a porta, porque a maior parte deles não tem carro, teriam que sair de casa, apanhar transportes, penso que é mais cómoda esta medida.”
Ruben Miguéis instalou a empresa na Covilhã há 11 anos. Desde então tem recuperado velhas casas na cidade e colocado no mercado de arrendamento, sobretudo para estudantes da Universidade da Beira Interior. Agora, nesta fase difícil decidiu ajudar os jovens, na maioria estrangeiros e deslocados distribuindo cabazes com alimentos, numa ação que vai ter continuidade até a situação normalizar:
“Acho que sim, acho que se todos dermos um pouco, tornamos tudo mais simples e mais fácil de ultrapassar essa situação.”
A empresa está também a estudar uma forma de apoiar os estudantes com dificuldades no pagamento das rendas.
“Está a ser analisada uma medida, ainda estamos a ponderar o que fazer, porque já tivemos dois ou três casos, sobretudo de outros países, por causa da desvalorização da moeda, está a ser complicado para eles. Vamos ver como é que isto se desenrola, mas, provavelmente em maio vamos tomar uma posição acerca disso.”
Para já a distribuição de cabazes, pelos 120 inquilinos, com produtos adquiridos no mercado tradicional da Covilhã, vai continuar até a situação estar estabilizada.