“Este livro reúne várias participações de muita gente que pensa de uma forma um bocadinho diferente daquilo que habitualmente designamos de centrão.” Explica José Pinto Castello Branco, o professor universitário e produtor do Fundão que deixou o seu contributo neste livro.
A obra, coordenada por Rui Ramos e Miguel Morgado, está associada ao movimento 5.7, que surgiu no ano passado, no dia cinco de julho, na mesma data em que foi criada a Aliança Democrática de Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Gonçalo Ribeiro Teles.
“E parte do diagnóstico que, em Portugal, o lado não esquerdista do debate público tinha abandonado o monopólio da discussão cultural e intelectual sobre os grandes temas coletivos. Era altura de responder à crise da direita que se manifesta nos partidos e resultados eleitorais, de um modo de que os partidos, se calhar, neste momento, não estão preparados para uma resposta deste tipo.”
Segundo Miguel Morgado, o objetivo é pensar a direita em Portugal e relançar o debate sobre vários temas, “nomeadamente a nossa relação com a integração europeia, com o poder político e partidos políticos, a vitalidade cívica do país, a demografia, a globalização, as nossas reconfigurações morais, quais são os valores que nos devem orientar, quais são os valores que devemos rejeitar.”
A apresentação contou ainda com um debate onde participaram o presidente da câmara do Fundão, Paulo Fernandes, e o vereador do CDS-PP na câmara da Covilhã, Adolfo Mesquita Nunes.