Rui Rio diz que é preciso coragem política para trazer investimentos para interior. Caso contrário todas as medidas não passam de paliativos.
“É preciso ter a coragem de dizer e de fazer. As coisas têm de vir para aqui, apesar de não haver votos. Se nós cedermos à pressão e à força do sítio onde estão concentrados os votos, quando eu aqui vier, daqui a 10 anos, isto só pode estar pior. Aquilo que é vital é ter a coragem necessária para nos parâmetros fundamentais, e aqui o parâmetro fundamental é o investimento, não só público mas também privado, para o interior, sem isso nós andamos com paliativos.”
Miguel Pinto Luz, lembrou o Fundão como um exemplo que contraria o esquecimento a que tem sido votado o interior.
“O interior está cada vez mais interior, cada vez mais esquecido. Mas já que estamos no Fundão, deixar um exemplo de qualidade que o PSD consegue transmitir com visão com rasgo. O Fundão é hoje uma referencia de um concelho que foi capaz de atrair investimento, de ter visão de ter rasgo, de encontrar os parceiros certos, por isso é um bom exemplo.”
Já Luís Montenegro, que esteve no Fundão há sete anos, como líder parlamentar, a participar numas jornadas sobre coesão territorial, saudou a pertinência do tema que continua na agenda política.
“É uma coincidência feliz voltar ao Fundão, tantos anos depois, e perceber que o tema não saiu da agenda, que é cada vez mais candente e pertinente. E é importante que seja porque ele diz respeito à vida das comunidades, de muita gente, à ocupação e valorização do território, e através disso, à persecução do princípio fundamental da social democracia, que é promover uma sociedade justa e equilibrada em todo o território.”
Os candidatos à liderança do PSD, que vai a votos no próximo dia 11 de janeiro, encerraram no Fundão o II Congresso de Coesão Territorial, em discursos e momentos separados, onde apresentaram as suas motivações e objetivos.