Na sessão solene da assembleia municipal, o autarca covilhanense não perdeu ainda a oportunidade para evidenciar o trabalho de recuperação financeira do município que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos últimos cinco anos “tenho para mim que as contas sãs e equilibradas não são um fim em si mesmo mas a verdade é que desde Outubro de 2013 o passivo foi reduzido de 150 milhões de euros para 76 milhões. Só no último ano a dívida financeira de oito milhões e 700 mil euros, fazendo com que actualmente ela se situe em 37 milhões de euros”.
Um trabalho que, de acordo com o autarca, permitiu reunir as condições para que a Covilhã assista a um conjunto de realizações importantes até final do mandato “estão agora reunidas as condições para, de forma mais rápida, pronta e eficaz, dar resposta às necessidades mais prementes e aos mais importantes anseios dos nossos munícipes. Esta folga, que tem de continuar a ser por nós permanentemente controlada e monitorizada, vai-nos permitir a partir de agora incrementar a nossa acção com mais realização, com mais actividade e mais obra”.
Vítor Pereira sublinha que durante este mandato a Covilhã está “a operar uma revolução necessária; uma mudança significativa na forma de conduzir os destinos da autarquia na medida em que estamos a libertar o município da «troika» financeira, terminámos com as guerras e o clima de relacionamento conflituoso com os nossos vizinhos com quem agora cooperamos e estamos a preparar estruturalmente a Covilhã para os desafios do desenvolvimento e do futuro”.
O presidente da câmara da Covilhã sublinhou ainda o trabalho em parceria que está a ser desenvolvido entre todos os municípios da Cova da Beira e que vai ter como face mais visível a melhoria das condições de mobilidade “no âmbito do programa de apoio tarifário à redução dos transportes públicos os municípios destes territórios estão a ser desafiados a construir soluções que sirvam efectivamente as necessidades de mobilidade das populações e que a rede de transportes públicos seja cada vez mais apelativa, qualificada e diversificada para quem vive e trabalha na nossa região. Por isso deve ser incluído nesta equação o potencial da ferrovia e para tal já solicitei, em nome dos municípios da Covilhã, do Fundão e de Belmonte, uma reunião à CP e ao governo para discutir a utilização e a oferta comercial para a linha e que esperamos que esteja operacional no próximo ano”.
Nesta sessão solene comemorativa dos 45 anos da “revolução dos cravos”, o autarca covilhanense mostrou-se ainda favorável à continuidade do processo de descentralização de novas competências do governo para as autarquias locais, sublinhando que em breve o executivo vai ser chamado a pronunciar-se sobre a aceitação de novas responsabilidades nas áreas da saúde e da educação.