“A grande maioria dos alunos sente-se muito satisfeita em frequentar a Universidade Sénior, reconheceu melhorias a nível de saúde física, mental, auto estima, melhorou a rede de conhecimentos, de amigos, e isto tem maior impacto em viúvos, domésticas e pessoas com menor habilitações, ou seja, pessoas que já estão mais excluídas que os outros seniores. Isto para nós é um grande motivo de orgulho porque a Rutis sempre se assumiu como um projecto social, educacional, mas sobretudo social.”
Um projecto social e educacional que também faz bem à saúde.
“Outro dado também relevante é que nós aplicamos uma escala de depressão e chegámos à conclusão que só 5% dos nossos alunos têm depressão, contra os 35% da média nacional, ou seja, é claramente um projecto, social, educacional, mas também de saúde.”
A RUTIS é ainda, segundo o seu director executivo e fundador, o maior projecto de inclusão digital dos seniores:
“Somos o maior projecto de inclusão digital dos seniores, até a nós nos surpreendeu, tanto que tivemos que repetir, porque 80% dos nossos alunos, que chegam sem conhecimentos de informática, têm smartphone, até porque o smatrphone tem dificuldades para este público, porque é pequeno, e para quem tem problemas de visão e motricidade fina pode tornar-se complicado.”
Apesar de todos os benefícios comprovados, a aposta em projectos para seniores tem incidido sobretudo naqueles que estão dependentes e que representam 15% da população idosa do país.
“Mas todos os projectos sociais para idosos focam-se nesses 15% da população, significa que há 85% da população idosa que não tem qualquer tipo de apoio e o que essa população autónoma precisa é de projectos de interacção, porque o grande problema dos seniores é o isolamento. Por isso é que o estudo também mostra que as pessoas vão em média três vezes por semana à Universidade.”
Luís Jacob, em entrevista ao programa Flagrante Directo da RCB, diz que fazem falta mais projectos focados nos idosos que não estão dependentes. No caso das universidades seniores ainda há muito espaço para crescer é que as 336 universidades seniores que existem no país, com 50 mil alunos e seis mil professores voluntários representam apenas um gota no oceano de 2 milhões de idosos que existem em Portugal.