Uma situação que causa dificuldades acrescidas aos agricultores no escoamento da sua produção e que Mesquita Milheiro já abordou com o ministro da tutela “eu já tive oportunidade de abordar essa questão com o senhor ministro porque é alarmante aquilo que se está a passar na região com o fecho de cooperativas devido a questões de falência. Aconteceu à adega da Covilhã, à cooperativa dos queijos de Idanha e também à grande cooperativa das frutas da Cova da Beira. E isto num tempo em que cada vez é mais necessário haver cooperativismo para os pequenos agricultores terem a possibilidade de juntar os produtos e comerciá-los ali. Os pequenos agricultores não conseguem entrar nas grandes superfícies mas as cooperativas já conseguem. Eu penso que era importante que o governo se interessasse por resolver os problemas do cooperativismo agrícola da nossa região porque estamos a ver que ele por si só tem muita dificuldade em sobreviver”.
Em entrevista ao programa “Flagrante Directo” da RCB, Mesquita Milheiro manifestou ainda o seu descontentamento pelo facto de a grande maioria das candidaturas apresentadas ao programa de desenvolvimento rural nos incêndios de 2017 não ter sido considerada elegível. Isto porque o PDR apresentou critérios muito exigentes e nem todos os agricultores os conseguiram cumprir “posso dizer-lhe, por exemplo, que foram apresentados cerca de 30 projectos na associação distrital de agricultores e só dois ou três é que foram aprovados porque os restantes não eram exequíveis. Imagine o caso de um agricultor que tinha um barracão no meio da floresta, que já o tem há 40 ou 50 anos, e agora para ter apoios tinha que contratar um arquitecto para lhe fazer um projecto e legalizar esse barracão. É algo que pura e simplesmente não é viável”.