É a opinião do então presidente da colectividade que organizou pela primeira vez o evento. “A ideia passava por ter não mais um festival, mas um certame diferente que criasse uma marca”, disse à RCB Hugo Cruz.
A criação da central de recolha do cogumelo, o desenvolvimento de passeios micológicos foram duas das ideias iniciais que hoje estão implementadas.
Para o ex-dirigente da Liga dos Amigos de Alcaide, as tacas fazem um grande trabalho no festival, mas não esquece todos os membros da Liga que o tornam possível em colaboração com a câmara municipal do Fundão e junta de freguesia de Alcaide.
Mas é possível continuar a melhorar o “Míscaros”, nomeadamente as condições dos visitantes em alojamento, poderem desfrutar de uma refeição tranquilamente e o estacionamento. Hugo Cruz só vê dois caminhos para que isso possa ser concretizado
“Aumentar a oferta ou tentar diminuir o número de visitantes e atrair um público que venha aproveitar verdadeiramente o cogumelo e não as pessoas que vêm à procura de um mais um festival da cerveja, de música ou de algo que não é este festival no Alcaide. Tenho a coragem de dizer que se pode tentar reduzir o número de visitantes”, defende.
O responsável comercial em Portugal de uma empresa multinacional, Hugo Cruz dá um exemplo de algo que é preciso melhorar: a resposta eficaz e em tempo útil a quem pretende almoçar ou jantar
“Tive uma tasca e reparei que um grande número de pessoas que me passava à porta, várias vezes, para tentar comer uma refeição. Acho que isto é negativo para quem está a ter esta experiência. Julgo que é possível nesta área melhor mais”, frisa.
Este ano, o Mercado da República, na Casa Cunha Leal, pretendeu aumentar a oferta das refeições. O balanço é positivo, mas há muito a melhorar
“Há muitas arestas a limar. A divulgação do mercado tem que ser maior antes do evento acontecer, mas dos comentários que ouvi este projecto vai ficar no evento e até para repetir com outras valências ao longo do ano. A empresa “Cerveja Chica”, que esteve este ano aqui connosco, está com vontade de desenvolver um festival com várias marcas de cerveja artesanal porque gostaram do espaço e até o chefe Chacall, que também esteve no “Míscaros” gravou aqui o primeiro episódio de um programa de televisão, que vai estrear brevemente. Lancei-lhe o desafio de aqui fazermos a ante estreia e ele gostou da ideia. Creio que com vários parceiros e trabalhando com eles seria possível fazer várias indicativas ao longo do ano criando a marca “Mercado da República”, concluiu.