Nesta passagem pela Covilhã, Manuel Antunes disse “estar de acordo, de uma forma geral” com algumas medidas adoptadas pelo governo, como a criação de unidades de saúde familiares ou o encerramento de alguns serviços com rentabilidade escassa, mas considera que “em todo o processo faltou uma explicação cabal do ministério ás populações mais afectadas”. Tomaram-se decisões sem as explicar”
O conselheiro do Presidente da República para a área da saúde considera que “faz falta uma política clara neste sector”, acrescentando que “nos últimos 20 anos o país teve 7 ministros da saúde”
Manuel Antunes defendeu também “um reforço do sistema de convenção entre os sectores público e privado, desde que as regras sejam definidas de forma clara pelo estado”.
Acabar com os desperdícios e promover uma melhor rentabilização dos recursos são outros dos caminhos apontados para a área da saúde. Manuel Antunes defende “uma nova política na área dos medicamentos, onde as farmácias hospitalares possam comercializar os produtos junto dos cidadãos” e também um novo modelo de combate ás listas de espera; “em média uma sala de operações funciona entre 5 a 6 horas por dia. Se funcionar mais uma hora diariamente, vai ser possível diminuir de forma muito significativa o problema”.
O clínico considera ainda urgente “proceder a uma reforma na área das urgências hospitalares que muitas vezes não responder de forma adequada ás necessidades dos cidadãos”. Caminhos apontados por Manuel Antunes para melhorar o sector da saúde que é considerado actualmente “ineficiente e desorganizado”.