À semelhança da projecção do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), também na região a quebra deverá ser de “pelo menos 30%, vamos ver, as condições climáticas das últimas semanas, com calores, escaldões e insolação da uva, também tem causado quebra, é mais uma variável na previsão estimada pelos nossos associados, portanto, estamos muito preocupados.“
Apesar da quebra na produção, António Madalena espera manter, e até aumentar, a quantidade de uvas entregue na cooperativa que no ano passado que se situou em um milhão e 100 mil quilos. Fruto da aposta da actual direcção numa política de valorização da produção.
“Para que os associados recebam a uva com um preço mais favorável, o que infelizmente não tem sido até agora mas temos conseguido, como também temos antecipado 90% do pagamento da uva de 2017 vai ser pago em 2018, como a uva que vai ser entregue em 2018, nós vamos fazer um adiantamento em Outubro, e o diferencial, até 90%, em 2019 é pago.”
O presidente da direcção da Adega do Fundão deixa assim um apelo aos produtores da Covilhã para se juntarem a este projecto.
“Convido produtores, viticultores do concelho da Covilhã que queiram entrar neste projecto, que é um projecto para estabilizar, de médio e longo prazo, queremos estabilizar o preço à produção para que as pessoas tenham garantias que a cultura da vinha é produtiva.”
Com o encerramento da Adega da Covilhã, o Fundão decidiu alargar a sua área social a norte, mas até à data há apenas quatro produtores da Covilhã que são sócios da Cooperativa. Apesar da marca Fundão vender bem, António Madalena entende que a adega do Fundão tem condições para ser "uma adega para toda a Cova da Beira".