Em comunicado, os comunistas anunciam que a iniciativa passa pela colocação de elementos de propaganda “que afirmam a posição do PCP e desmascaram as posições de PS, PSD e CDS, contrárias aos interesses dos trabalhadores e do povo da região".
A DORCB recorda que recentemente na Assembleia da República o projecto de resolução do PCP, que defendia a abolição das portagens na A23, foi rejeitado com os votos contra do PSD, CDS e PS
"A manobra de alguns deputados do PS, votando favoravelmente o projeto do PCP, não desresponsabiliza os próprios, nem apaga o papel negativo do PS em encarar este problema que condiciona o desenvolvimento da região", lê-se no documento.
O PCP lembra que no final de 2017, o seu projecto lei para a abolição das portagens nas Scut “suscitou uma coligação negativa destes três partidos, pelo que as trocas de galhardetes entre PS e PSD locais não poderão ocultar a sua profunda convergência nesta matéria", sustenta.
O PCP de Castelo Branco diz ter uma só posição. Quer na Assembleia da República quer no distrito, defende a abolição das portagens nas ex-Scut dado que a sua introdução na A23 tem tido consequências “profundamente negativas para as populações e para o tecido económico das regiões atingidas. Trata-se de uma dupla discriminação das regiões do interior, pois oneram de uma forma desproporcionada e injusta as populações e as empresas, em que muitas delas chegam a pagar mais portagens do que IRC”, mas também agrava as dificuldades económicas dos utentes “já que, duramente afectados pelos cortes salariais, por situações de desemprego e precariedade, a medida dificulta em muito a vida de inúmeras pessoas que utilizam a via. As reduções não resolvem o problema” frisa.
"PS, PSD e CDS bem podem encher páginas e páginas com promessas e palavras bonitas sobre o interior. O anúncio de prazos para enfrentar o problema pode evitar a discussão das medidas concretas para o desenvolvimento do interior do país, mas não resolve o problema. O problema reside em opções concretas como a abolição das portagens", defende o PCP.
Para a DORCB do PCP, o problema do país e do interior “reside na política de direita, reside nas opções que estão por trás do acordo PSD/PS em matéria de transferência de competências para as autarquias e de fundos comunitários que vão no sentido da desresponsabilização do Estado e das suas funções sociais com uma transferência de encargos para as autarquias locais”.
O Partido Comunista Português defende na política de descentralização o cumprimento da Constituição da República com a implementação das regiões administrativas.