Por seu lado, o Varzim, que esta a passar por problemas financeiros graves, com os atletas do clube a terem alguns meses de atraso nos pagamentos dos seus vencimentos, apresentaram-se mais empenhados em obterem o triunfo na partida, mesmo depois de ter ficado reduzido a 10 unidades, a partir dos 65 minutos, quando Telmo foi expulso por duplo amarelo. Em rigor, a haver um vencedor esse vencedor só podia ter sido o Varzim.
Como já se disse o Sporting da Covilhã tinha neste jogo a oportunidade de fugir aos últimos lugares da geral, se tivesse encarado o jogo com uma atitude mais consistente e empenhada. Os serranos nunca se encontraram na partida. Tiveram dois remates com relativo perigo, na primeira parte e assim se escoaram os 45 minutos iniciais. No segundo período ainda se acreditou que a equipa crescesse quando o Varzim ficou reduzido a dez, mas, mesmo neste período a equipa poveira foi sempre melhor e muito mais ambiciosa. Só muito perto do final do jogo o Sporting conseguiu criar uma situação que podia ter-lhes dado a vitória no jogo, quando Basílio conseguiu ganhar vantagem aos adversário e rematar ao poste da baliza de Marafona. Tiveram ainda um lance do qual se reclamou grande penalidade, por eventual mão na bola dentro da área de rigor, mas o árbitro do encontro mandou jogar, provavelmente por ter considerado que foi bola não mão. Seria injusto para o que os atletas da Póvoa fizeram na partida terem sofrido esse revés. O jogo acabou por terminar empatado a zero.
Com esta atitude é essencial que alguma coisa aconteça no seio do grupo de trabalho. Torna-se fundamental incutir na equipa a ambição que tem faltado em alguns jogos, como também foi patente no desta noite.
Em declarações à comunicação social João Salsedas não consegue encontrar explicações para a postura dos seus jogadores e para o que aconteceu no jogo, já Eduardo Esteves, técnico poveiro, considerou que o seu clube perdeu dois pontos por que a sua equipa foi melhor, mesmo quando jogava com dez elementos.