A moção, foi uma das cerca de uma dezena que a bancada do Partido Socialista apresentou na última sessão do órgão.
Pedro Pinto, da bancada do PS, nega que exista divisão entre os eleitos na assembleia e a maioria na Câmara da Covilhã, mas os interesses dos munícipes da União têm que ser defendidos
“Nada nos move contra a Câmara, mas na Assembleia de Freguesia estamos a defender os interesses dos nossos eleitores. Ao contrário do que refere a oposição não há divisão no PS, agora para os interesses dos nossos eleitores deve haver um diálogo entre o presidente da CMC e a junta de freguesia”, sustenta.
Carlos Martins, que por diversas vezes na reunião lamentou o facto de não ter recebido resposta aos ofícios enviados ao presidente da autarquia covilhanense, não tem dúvidas que há na câmara nem não queira o sucesso da junta e o do seu presidente
“Sinto que alguns elementos da Câmara Municipal da Covilhã não querem colaborar com o presidente da junta e com a União de Freguesias Covilhã / Canhoso. Ao longo dos anos, essas pessoas acham que sou uma sombra- Eles sabem quem são”, declara.
Os partidos e movimentos da oposição é que não perderam a oportunidade para destacar o divisionismo reinante no Partido Socialista da Covilhã, como é o caso do Vítor Tomás Ferreira do Movimento “De Novo Covilhã/Canhoso”:
“Já toda a gente percebeu o que se passa e que o PS na Covilhã está completamente dividido. Isto era expectável e, por isso, quando vimos os resultados das eleições ficámos estupefactos porque já sabíamos destas guerrinhas. O que aqui se passou foi que elementos do PS votaram contra os elementos socialistas na CMC e apresentaram moções contra o Partido Socialista”, frisa.
Jorge Saraiva, do Partido Social Democrata, não ficou surpreso com a moção apresentada pelo PS
“Surpreso não estou porque quando as pessoas fazem muitas promessas e depois têm dificuldade em materializa-las, e continuam a pensar que a junta é única e singular perante a câmara, torna-se difícil existir amor perpétuo. Temos que acompanhar a situação”, refere.
Também sem surpresa, os eleitos do CDS/PP votaram favoravelmente a moção
“Não ficámos surpreendidos porque sabemos quais são as relações institucionais e pessoais entre ambos os presidentes, sabemos qual o foi o passado do presidente da junta da União de Freguesias Covilhã/Canhoso enquanto vereador da CMC. É obvio que há uma divisão interna no PS , mas esse é um problema deles que ainda assim nos deixa perplexos”, remata José Horta.
Jorge Fael entende ser inusitada a moção, mas defende que ela surge na sequência do afastamento de Carlos Martins da lista socialista à CMC, nas últimas eleições autárquicas. ``e uma moção mais para consumo interno no PS, refere o membro da Coligação Democrática Unitária
“Todo o processo que levou ao afastamento do actual presidente da junta de freguesia, à altura vereador da CMC, que foi perdendo espaço, atribuições e competências e esta moção é mais para dentro do PS , uma moção partidária que política”, argumenta
A Assembleia de Freguesia aprovou também moções pela reposição das freguesias extintas, pela abolição das portagens na A23 e A25, e de regozijo pelo crescimento sustentado de alunos na Universidade da Beira Interior e de preocupação com o modelo de financiamento do Governo para as universidades que penaliza a UBI.