Os imóveis propostos: Estalagem da Neve, Casa de Alfredo da Cunha, Vivenda Modernista Eva, Garagem e Oficinas Barrocas, Solar Tudela Castilho, Prédio ETRA, Edifício da antiga agência do Banco Pinto & Soto Mayor, Casa dos Magistrados, Edifício do antigo Externato de Santa Teresinha, Edifício da Auto Transportes do Fundão e um conjunto e três edifícios, nº41 a 59, na Avenida da Liberdade.
Para Luís Lourenço, membro da bancada da CDU que apresentou a proposta, cada um dos imóveis é testemunho material de um tempo de uma vivência, de um estilo e de uma técnica, que no seu conjunto diversos, é a memória do viver colectivo “que temos por obrigação deixar legado às gerações futuras”.
O eleito da Coligação lembrou palavras que alguém conhecedor do urbanismo no Fundão, há dias lhe transmitia ”O Fundão foi, há uns anos atrás, terra de arquitectura. Deixou progressivamente de o ser. Há pois, que preservar o que ainda resta dessa terra de arquitectura e da memória do nosso viver colectivo”.
Reconhecendo mérito à proposta, os membros da assembleia municipal do Fundão acentuaram a necessidade de possuírem mais informação sobre o assunto
“Confesso que há um ou outro imóvel que não conheci identificar de imediato e outros que tendo identificado não vejo o porquê do interesse municipal. Votei contra, mas vou ler com atenção toda a proposta, por o tempo de análise foi curto, e se chegar à conclusão que errei na minha apreciação primeira falarei com a bancada da CDU para, se assim o entenderem, retomar o tema”, disse José Pina, da bancada do PS.
Também o presidente da mesa da Assembleia Municipal pronunciou-se sobre a proposta que considerou ter multo mérito “mas não tenho bagagem suficiente para depois votar em consciência a lista apresentada. Precisa de conhecer mais”, refere Vítor Martins.
Também a bancada do PSD reconhece o valor da proposta e os princípios nela contidos serem positivos “creio que nos pudemos identificar com alguns fundamentos apresentados, mas é matéria sensível, pelo impacto que pode vir a ter, quer do ponto de vista económico quer da reabilitação que importava aprofundar. Acho que o voto contra inicial do PSD pode ser substituído por um voto favorável no futuro. Importa trabalhar melhor a proposta e perceber também o que a câmara municipal quer assumir para essas infraestruturas”, defendeu Jorge Garcês.
Ainda da bancada social-democrata, Eduardo Saraiva defendeu a reflexão da proposta, mas deu um exemplo que justifica o seu voto contra
“A nova Casa dos Magistrados, sinceramente não vejo ali nada que me leve a defendê-la. Se fosse a antiga estaria a votar favoravelmente, mas julgo que no futuro voltarmos a este tema. A memória da nossa deve ser defendida com toda a nossa energia”, concluiu.
A Assembleia aprovou por unanimidade as propostas apresentadas pela câmara municipal da taxa municipal de direitos de passagem de 0,25%, para aplicação em 2018, a de 1,5% de derrama sobre o lucro tributável e não isento de impostos sobre o rendimento de pessoas colectivas (IRC).