“Do meu ponto de vista esta seria uma obrigação do Estado português de os trazer de volta para finalmente repousarem nas suas terras, como o Estado português ao longo destes mais de 40 anos nunca diligenciou neste sentido, o meu desafio é que o município de Penamacor desenvolva esforços para avaliar a possibilidade de trazer estes nossos seis conterrâneos de volta a casa para terem o seu merecido descanso.”
O vereador do movimento Juntos por Penamacor recorda que a ideia já foi concretizada por outros municípios e que o concelho pode seguir os mesmos passos “não é uma ideia inédita, sei que noutras localidades isto já foi feito, sei que a Liga dos Combatentes tem apoiado estas demandas e creio que estarão na disponibilidade de auxiliar o município. Não formalizei a proposta porque entendo que esta deve ser uma missão partilhada por todo o executivo como forma de agradecer e reconhecer o sacrifício que estes nossos conterrâneos fizeram pelo país”.
O presidente da câmara de Penamacor, António Beites, mostrou-se receptivo à questão que considera comovente e pertinente “é uma questão que nos comove a todos e nos sensibiliza, a questão é pertinente e vamos diligenciar junto das entidades competentes a viabilidade de podermos concretizar essa proposta”.
No memorial de homenagem aos ex-combatentes que se encontra à entrada da vila estão os 27 nomes dos ex-combatentes do Ultramar, seis nunca regressaram a casa. Pedro Folgado disponibilizou o seu trabalho já realizado sobre esta matéria dando conta dos nomes e locais onde se encontram sepultados:
António Fernando Ramos, natural de Aldeia do Bispo, Augusto Figueira Caria e Domingos Ramos Rodrigues, ambos naturais de Penamacor, Francisco Domingues, natural de Salvador, João Manteigas Martins, natural de Águas e Manuel Moiteiro Leitão de Aldeia de João Pires.