Natural de Alcains, Hermano Sanches Ruivo, sublinha que o regresso da comunidade emigrante a Portugal durante o período de verão tem para todos um significado muito especial “ a emigração não é uma viagem não tão pouco umas férias; para os nossos pais foi algo muito difícil e nós, os filhos, ouvimos sempre falar de um pais de onde os nossos pais partiram e com os anos a passar a palavra Portugal é como o vinho. Trabalha e vai evoluindo em 99,9 por cento das pessoas, mesmo até naquelas que nasceram em França. Eu conheço muitas pessoas que me dizem que quando aqui chegam conseguem esquecer todos os maus momentos de um ano de trabalho, de estudo, de vida mais ou menos fácil. É um enorme sentimento que nos marca a todos”.
Hermano Sanches Ruivo saúda ainda o desenvolvimento de algumas iniciativas que o governo tem vindo a implementar no sentido de reforçar a captação de investimentos oriundos da diáspora “houve sempre, por parte das comunidades essa vontade de estar sempre em Portugal. Infelizmente os programas nem sempre existiram mas em muitos casos não se esperou por isso para investir. O facto de haver essa sensibilização só vai aumentar essa capacidade de investimento e não estamos apenas a falar de questões financeiras. Podemos também falar em termos culturais ou de cidadania. E eu quero acreditar que esse trabalho de sensibilização já está a produzir alguns resultados e que no futuro esse movimento possa crescer ainda mais”.