Esta é pelo menos a opinião do técnico da Associação Florestal do Interior que tem vindo a promover acções de sensibilização e divulgação da doença, que surgiu pela primeira vez em Portugal, na península de Setúbal, em 1999. Dez anos depois, José Silva acredita que vai chegar ao distrito brevemente “actualmente no distrito ainda não há focos localizados, mas nos concelhos de Arganil, Seia, Oliveira do Hospital e Fornos de Algodres já foram identificados pinhais com a presença do nemátodo do pinheiro, o que significa que a doença está muito próxima.”
Segundo o técnico da AFIN, a estratégia de erradicação da praga foi tardia e não está a resultar “a percentagem de resultados positivos não consegue acompanhar a propagação da doença que está a aumentar exponencialmente, para além do previsto inicialmente”. José Silva diz que ficou com uma sensação de passividade por parte das entidades competentes a nível nacional, “vamos ver o que vai resultar e resultou mal, o que é uma prática comum das entidades a nível nacional, deixar andar e depois logo se vê”.
Os ramos secos e quebradiços e a escassez de resina são os principais sintomas da presença da doença nos pinheiros que se propaga “através de um insecto vector que transita de árvore para árvore transportando a doença”. Uma praga que inutiliza a madeira do pinheiro afectando uma fileira que segundo a CAP representa 1% do PIB nacional, isto é, 1,7 milhões de euros e emprega 30 mil pessoas.