Rogério Hilário afirma que os custos de contexto para o sector empresarial vão ser agravados e questiona qual o papel que a unidade de missão para a valorização do território teve na elaboração deste documento “considerando nós que havia essa unidade de missão e percebendo também que existe um conjunto de medidas que nós há muito tempo defendemos, que estão relacionadas com a diminuição dos custos de contexto, nós verificamos que este orçamento de estado pouco ou nada trás de novo. Fazendo contas muito por alto provavelmente os custos de contexto para esta região ainda vão aumentar o que significa que são más notícias. Eu olho para este orçamento para a região com desilusão por ser um orçamento que nos cria ilusões mas que depois não se traduzem, na prática, em medidas de estímulo à actividade empresarial”.
De acordo com Rogério Hilário a proposta apresentada para a diminuição do valor do IRC para as empresas é um benefício fiscal mas não chega para dinamizar o sector “a proposta de o IRC passar a ter uma taxa mais baixa traduz-se efectivamente numa redução; no entanto se depois considerarmos os impostos directos, como sobre o combustível e outras matérias e produtos nós perdemos. Vai ser, por exemplo, mais caro fazer transportes dentro da região e para fora da região o que significa que nos dão alguma coisa mas depois acabam por nos retirar muito mais do que essa coisa”.
Por isso os empresários preferiam a adopção de outras medidas que diminuíssem os custos de contexto e reforçassem a competitividade da região “era preferível existirem menos impostos indirectos, termos combustíveis mais baratos, não termos portagens e pagar o IRC como os outros pagam. Ai sim estaríamos na perspectiva de ter uma diminuição efectiva dos custos de contexto. Só pelo IRC a região não vai ser mais competitiva”.