A aldeia histórica de Castelo Novo, terra natal do pintor, vai ter uma “casa para receber a obra de Barata Moura”, revelou à RCB a vereadora da cultura no Município do Fundão. Alcina Cerdeira explicou que “ainda estamos a equacionar qual será o melhor local para receber este espólio que ele nos deixou e que pode unir todas estas peças que se encontram distribuídas como um puzzle. Isso pode até permitir efectuar uma rotatividade das peças de acordo com temas que podemos ir trabalhando e isso vai criar uma maior dinamização na apresentação das obras de Barata Moura”.
De acordo com a autarca o espaço deve ser inaugurado durante o próximo ano “em 2017 vamos ter esse espaço dedicado a Barata Moura; nós vamos agora recuperar alguns quadros que se encontravam um pouco degradados e quando esse trabalho estiver finalizado vamos expô-lo em Castelo Novo. Ele deixou-nos um trabalho muito vasto, com cerca de cinco mil obras porque era um pintor muito intensivo e o nosso objectivo para por conseguir divulgá-lo”.
Alcina Cerdeira participou numa mesa-redonda dedicada a Barata Moura em que também foram oradores o médico Lourenço Marques em representação dos Bombeiros Voluntários do Fundão - corporação que sempre mereceu redobrada atenção e dedicação do pintor - , António Veríssimo Bispo membro da Liga de Amigos do Museu Tavares Proença Júnior e Silva Amaro pintor e cujo ofício descobriu inspirando-se no “Mestre Barata Moura”.
A sessão a que assistiram o autarca de Castelo Novo e alguns admiradores do percurso do “pintor generoso que promovia a partilha” foi um encontro de “guardiões” da obra que se encontra exposta entre Castelo Branco, Castelo Novo e Fundão e que no próximo ano ficará reunida na terra natal do malogrado Barata Moura.