Na apresentação deste trabalho a presidente daquele organismo destaca a importância da obra para perceber o percurso de vida de uma personalidade que não foi apenas um navegador mas o grande senhor de Portugal “a grande maioria das vezes as pessoas falam do infante D. Henrique como o grande navegador mas sem dúvida que ele foi o grande senhor de Portugal. Basta relembrar que a sua grande casa, que era a de Viseu, era a casa com mais rendimentos do reino quando ele a deixa em legado ao seu filho adoptivo D. Fernando”.
De acordo com Manuela Mendonça, a atribuição do título ao infante de senhorio da Covilhã fez parte de uma estratégia que D. Henrique idealizou e que lhe permitiu ser o grande senhor da Beira “ele vai conseguir juntas às terras de Viseu, que já tinha, o senhorio da Covilhã o que lhe permitiu estabelecer uma ligação muito forte aos castelos da ordem de Cristo. É muito interessante tentar analisar a sua estratégia dele porque não foi o rei que, da sua cabeça, se lembrou de lhe atribuir o senhorio da Covilhã. Há aqui uma estratégia clara de juntar as duas beiras, que ele trabalha, para conseguir lugares determinantes em todo o seu projecto de engrandecimento pessoal”.
António Santos Pereira, Antonieta Garcia, Candeias da Silva, Carlos Madaleno e Sandra Ferreira são alguns dos autores responsáveis pela elaboração desta obra que procura passar em revista os factos mais marcantes da vida e do legado do infante D. Henrique assim como a sua ligação à Covilhã.