“Nós temos aqui um gigante adormecido que é a Serra da Estrela em que a concessão não é com paginável com esse gigante, tenho dito várias vezes que não há investimento susceptível de agradar a nova procura neste momento na Serra da Estrela, tirando a questão da pousada que entretanto apareceu e que por estar integrada numa rede nacional torna mais fácil a venda, mas parece-me que a manutenção dessa concessão é prejudicial ao nosso destino e tem sido prejudicial a todos os investimentos que têm sido feitos à volta da Serra da Estrela”.
A concessão exclusiva do turismo à Turiestrela acima dos 800 metros de altitude, (40 mil dos 120 mil hectares do Parque Natural da Serra da Estrela), data de 1971 e foi renovada em 1986 por um período de 60 anos. O empresário, gestor do grupo Natura IMB que conjuntamente com outros empresários do sector tentou por diversas vezes que os governos alterassem a situação, considera que neste momento a concessão não faz sentido: “Neste momento não faz sentido, é uma concessão atípica, só existe outra semelhante que é a do Buçaco mas que não tem um período tão longo como este da Serra da Estrela. Esta semana saiu uma notícia em que as pessoas estavam muito preocupadas com a quantidade de turistas no Gerês, e eu pergunto porque é que é no Gerês e não na Serra da Estrela? O que se está a passar no Gerês não se passa na Serra da Estrela de forma ordenada? Porque o turismo no Verão é praticamente inexistente na Serra da Estrela”.