Mas se o anterior governo andou mal neste processo, o actual não andou melhor, considera o porta-voz do movimento de empresários pela subsistência do interior “o que o governo deveria ter feito e teve tempo para isso, mas quando se trata do interior nunca há tempo, neste aspecto todos os governos são iguais, era alterar o modelo de negócio, este modelo está ultrapassado”.
Luís Veiga critica ainda o facto de o governo ter olhado para todas as antigas Scuts por igual, aplicando o desconto de 15% nas portagens do Algarve e da Beira Interior, e considera que o desconto anunciado na Covilhã pelo ministro das infraestruturas e planeamento não vai ter efeito “absolutamente nenhum”.
O Movimento, criado em 2011, para combater a introdução de portagens nas Scuts da Beira Interior, continua activo já que o motivo que esteve na base da sua criação mantém-se “O movimento não morreu, estava expectante sobre uma decisão, relembro que o próprio Passos Coelho falava em 15% de desconto, o actual governo acabou por tomar uma decisão que iria ser tomada por um eventual governo do PSD, não havendo decisões concretas nós vamos continuar este debate público com as outras entidades que estão envolvidas neste processo, o Nercab, a comissão de utentes, o sindicato. Relembro que o ministro das infraestruturas tem um pedido de audiência com estas entidades desde Maio e até à data ainda nem sequer foi respondido, há uma indiferença total”.
O empresário lamenta a indiferença que reflecte a “indiferença com que os governos têm tratado o interior”. Para Luís Veiga só com medidas “draconianas” vai ser possível inverter a situação.