Os social democratas denunciam ainda a existência de uma “atitude combinada pelos deputados do PS das várias regiões, que acertaram com a direcção do grupo parlamentar que cada um deles iria votar a favor da abolição das portagens, mas só no seu distrito; portanto, os deputados da Guarda, depois de terem combinado que as medidas eram chumbadas por todos os outros deputados do seu grupo parlamentar, fizeram a pantomina de votar a favor da abolição das portagens, mas só no seu distrito, pois em todos os outros já foram a favor da sua manutenção, a mesma pantomina tendo feito todos os restantes deputados do PS, incluindo os de Castelo Branco”.
A distrital do PSD considera que “quem é sério e faz da política uma actividade séria, se é a favor da abolição das portagens em Bragança, também tem de ter a mesma opinião, pelo menos para os distritos de Castelo Branco, da Guarda ou para o Alentejo e quaisquer outros comportamentos não poderão passar de meras encenações”.
Os social democratas consideram que “deste conjunto de atitudes apenas pode assim resultar a conclusão de que, para todos os partidos da coligação parlamentar que sustenta o actual governo, não há nem importam os princípios, apenas o tacticismo político e o «fazer de conta», pois comportam-se como se considerassem acéfalas as respectivas bases eleitorais fossem, não lhe importassem estas pantominas e valesse tudo”.
O comunicado refere ainda que “o mesmo se pode dizer do sindicalista Luís Garra, que, apesar de ter sido recentemente indicado pela CGTP para o conselho consultivo da unidade de missão para a valorização do Interior - porventura até por causa disso - não se coibiu a vir dar corpo ao mesmo tipo de encenação em recente artigo de opinião”.
A comissão política distrital do PSD diz não aceitar que “os beirões continuem a ser tratados como cidadãos atrasados e terceiro-mundistas, muito menos que sejam intoxicados com manobras de política barata, que só podem ofender quem acredita na seriedade do desempenho dos cargos políticos; os cidadãos, todos os beirões, têm o direito a que todos os titulares de cargos políticos, mesmo os do partido socialista ou dos partidos da esquerda radical, se comportem de acordo com elevados padrões de ética e seriedade e não foi isso que aconteceu com a polémica das portagens”.