No total está previsto um conjunto de investimentos na ordem dos cinco milhões de euros, até 2018, e onde a reabilitação do cine teatro foi um dos investimentos considerados elegíveis “nós posicionámos essa obra com um investimento global na ordem dos dois milhões e 400 mil euros com uma comparticipação do Feder a rondar os dois milhões e nesse sentido posso dizer, com uma taxa de certeza quase absoluta, que finalmente o nosso cine teatro vai ser recuperado”.
A obra vai custar cerca de dois milhões e meio de euros mas a comparticipação comunitária não abrange a totalidade do investimento o que vai obrigar a autarquia a um esforço suplementar para assegurar a componente nacional “estamos a falar de um esforço de auto financiamento que vai rondar os 400 mil euros mas honestamente refiro que, enquanto expressão de cine teatro, e sendo um edifício emblemático cuja recuperação é algo que todos desejam temos de aproveitar esta oportunidade porque trabalhámos muito para ela, nem que para isso se tenha de preparar economicamente o nosso município para poder dar uma resposta a isso”.
O projecto para a reabilitação do edifício vai agora ser desenvolvido por uma equipa mista entre os serviços técnicos da autarquia e o arquitecto José Manuel Castanheira e o presidente da câmara do Fundão espera que o concurso público para a realização da obra possa ser lançado ainda antes do final deste ano “nós queremos que o projecto esteja pronto no final do verão para que em Setembro ou Outubro possa ser lançado o concurso público e no principio de 2017 começar a obra. Este é um projecto de reabilitação e só por essa expressão se percebe que vai haver ali uma enorme preocupação em tentar manter as suas áreas funcionais e também vamos procurar preservar na totalidade a sua imagem externa”.
Paulo Fernandes acrescenta que, para além da recuperação de toda a parte exterior, o projecto vai incidir fundamentalmente na adequação dos espaços interiores às exigências culturais dos dias de hoje “a plateia e o balcão por causa dos ângulos, as questões da mobilidade, o número de lugares e também a componente do palco; nós pretendemos que ele seja um espaço de apoio a tudo o que é a componente das indústrias criativas e inovadoras que temos na nossa cidade, um espaço para a divulgação do trabalho dos nossos agentes culturais e que também nos ajude naquilo que é o quadro de programação e dinamização do nosso concelho, nomeadamente na atracção de eventos, uma vez que passamos a ter um espaço com 300/400 lugares e que nos permite dar uma nova resposta que actualmente o Fundão não tem”.