Passado uma semana da entrevista concedida à RCB, em que anunciava para breve a decisão do partido, este sábado, em conferência de imprensa, na sede do PSD, o presidente da concelhia disse que "os pressupostos que levaram à assinatura do acordo de incidência governativa com o PS da Covilhã já não se verificam" e por isso "deixa de ter sentido".
Para a concelhia social democrata da Covilhã, o PSD "não pode ser um pêndulo de um executivo municipal onde a coabitação entre os vereadores eleitos pelo PS se rege por princípios baseados nas querelas internas, foco de desestabilização constante" . O PSD da Covilhã aponta também o dedo ao presidente da câmara municipal da Covilhã que "foi incapaz de responder, em tempo útil, às preocupações manifestadas pela comissão política da seção do PSD da Covilhã, em sede própria".
Marco Batista disse ainda que "perante manifesta prova de incapacidade política", a concelhia do PS da Covilhã considera "que os princípios de lealdade institucional ficaram feridos de morte, existindo um desrespeito claro pelos pressupostos assinados no acordo de incidência governativa".
O PSD da Covilhã desvincula-se do acordo e das decisões do executivo e "apesar de toda a desorganização interna existente nos serviços municipais expressa na falta de estratégia existente e na deriva constante na gestão do PS", realça "o trabalho competente e honesto" realizado pelo vereador eleito pelo PSD.
Para concelhia do Partido Social Democrata Covilhanense, a elaboração de uma estratégia "coerente, responsável e credível não se coaduna com amadorismo reinante na gestão efectuada pelo atual executivo municipal".
Questionado acerca da continuidade de Joaquim Matias na autarquia, o presidente da concelhia diz que essa é uma decisão que cabe ao vereador eleito pelo PSD "e cada um assumirá as suas responsabilidades" mas o atual executivo liderado pelo PS na CMC "não merece o nosso apoio", disse Marco Batista.
Contatado pela RCB, o presidente da CMC, Vítor Pereira, remete para o final do dia declarações sobre o assunto. Apesar dos esforços efetuados não foi possível obter uma reação do vereador Joaquim Matias.