Em Agosto último, no final de uma assembleia geral, o presidente da direção falava da importância da aprovação de um empréstimo solicitado à banca, porque “se assim não for vai ser difícil manter as portas da adega abertas”, referiu Matos Soares.
Refira-se que só aos associados, a dívida é superior a 700 mil euros. Contatado pela RCB, Matos Soares remete para mais tarde esclarecimento sobre a situação da cooperativa covilhanense.
A decisão da adega da Covilhã levou várias dezenas de produtores a procurarem a do Fundão, como confirmou à RCB o presidente da direção, Albertino Nunes
" Apareceram cerca de três dezenas de produtores do concelho congénere a norte que pretendiam entregar uvas na adegado Fundão, mas não foi possível porque os estatutos não abrangem essa área. Se no próximo ano voltar a acontecer a mesma situação a adega tem que estar preparada para receber as uvas e por isso terei o cuidado de na próxima assembleia geral, em Dezembro, propor um ponto de alteração dos estatutos no sentido da adega poder alargar a sua área de influência aos dois concelhos a norte: Belmonte e Covilhã", refere aquele responsável.
Para o presidente da direção da adega fundanense, os produtores não podem ser penalizados por situações cuja responsabilidade não lhes pode ser imputada
"os produtores não podem estar a ser penalizados e marginalizados por um má gestão que em tempos se verificou na adega da Covilhã".
Na próxima assembleia geral da cooperativa do Fundão, outros dos pontos em análise é a adaptação dos estatutos à nova legislação.