“Obviamente que é um capítulo mais de ficção, em que eu procurei enquadrar Pedro Álvares Cabral na realidade que existia em Belmonte no Séc. XV, contar um pouco o que era Belmonte medieval e marcar aqui as suas raízes”.
O livro é segundo o autor, uma mescla de história e ficção “todos os dados históricos que eu consegui recolher fui fiel a eles, agora a interligação entre esses factos obviamente que exige um pouco de imaginação, mas tudo o que está no livro tem alguma verosimilhança, ou seja, é possível que tenha acontecido assim”.
Depois da pesquisa e estudos que fez para escrever “Vera Cruz”, João Morgado, traça à RCB o perfil de Pedro Álvares Cabral “era um homem que estava na transição da idade média para o renascimento, isto é, já não é aquele nobre medieval inculto, pelo contrário, é um homem que aos 14 anos foi para a corte estudar tudo o que havia para estudar na altura, astronomia, álgebra, filosofia, e as artes da guerra, porque ela essencialmente um nobre guerreiro”.
João Morgado desmistifica a ideia de Pedro Álvares Cabral como navegante “ele foi sempre um militar, ele era o comandante militar da armada, não era ele que estava lá a ver a rota ou os ventos, ele era o comandante dos homens, ele comandava os 13 barcos”.
“Vera Cruz” a mais recente obra de João Morgado é apresentada esta noite, a partir das 21h na biblioteca municipal da Covilhã num ambiente medieval em que poderá ficar a conhecer a corte de D, Manuel I, a vida a bordo de uma nau quinhentista e as terras de Vera Cruz.