O penso com micro-agulhas penetra na camada superficial da pele, não provoca dor e não precisa de entrar na corrente sanguínea, não sendo "necessário entregar uma grande dose porque não tem de andar por toda a corrente sanguínea", explicou à agência Lusa, André Moreira, responsável pelo projeto desenvolvido no Centro de Investigação em Ciências da Saúde e apresentado terça-feira, em Coimbra.
As vias tradicionais de administração de fármacos têm "desvantagens", seja "o desconforto e dor" das vacinas, seja as grandes doses utilizadas pelos medicamentos por via oral, sendo que há uma interação das moléculas bioativas com tecidos saudáveis.
Com este novo produto, pode-se "facilitar a acessibilidade a medicamentos", não é necessário "ser uma pessoa treinada" para o administrar e pode levar a uma redução de custos, apontou o jovem investigador, salientando que pretende estabelecer contactos com a indústria farmacêutica para produzir o produto.
Este foi um dos produtos apresentados hoje na sede do Conselho Empresarial do Centro, em Coimbra, resultante da segunda edição do INESPO, um projeto de inovação em rede entre as universidades da região Centro e da região de Castela e Leão, em Espanha, que promove a transferência de conhecimento das instituições de ensino superior para as empresas.