No banco dos réus estão sentados 5 arguidos; 4 homens e uma mulher, acusados dos crimes de sequestro, abandono e omissão de auxílio.Há ainda um sexto arguido neste processo; um indivíduo de nacionalidade brasileira, que vai ser julgado à revelia uma vez que não respeitou a medida de coacção de termo de identidade e residência e regressou sem autorização ao seu país.
A primeira sessão deste julgamento ficou marcada pelo aparato. A sala de audiências principal do tribunal da Covilhã foi pequena para albergar todos aqueles que desejam acompanhar o decurso do julgamento. Interrogados pelo colectivo de juízes, presidido por Avelino Marques, nenhum dos arguidos quis, para já, quebrar o silêncio em torno deste caso.
A vítima mortal, João Inácio, que contava 42 anos de idade, foi encontrado sem vida a 28 de Outubro de 2007 junto a um café de Borralheira de Orjais. De acordo com a acusação, a morte ficou a dever-se a asfixia por aspiração de vómito próprio como resulta da existência de vestígios de liquido nos pulmões. O ministério público alega que a vitima era frequentemente alvo de “partidas” devido ao seu estado de embriaguez, pelo que a sua morte ocorreu como resultado da privação de liberdade e da situação de perigo em que foi colocado.
A primeira sessão deste julgamento ficou marcada pela deslocação ao local do crime, para que o tribunal efectuasse a reconstituição dos factos. Para esta tarde está marcada a audição das primeiras testemunhas de acusação. Quanto ás testemunhas de defesa foram todas dispensadas desta primeira sessão e só vão começar a ser ouvidas no dia 4 de Junho.