Emoção e lágrimas nas comemorações do octogésimo segundo aniversário dos bombeiros voluntários do Fundão.A corporação homenageou a título póstumo José Marques Lindeza, ex-membro da direcção, que faleceu o ano passado, entregando à viúva uma “chama viva”, e José Mário Lindeza, bombeiro de 1ª classe, que morreu no início do corrente ano. Numa das salas do quartel fica uma fotografia que perpétua o seu nome.Para o comandante dos BVF, foi um dia de emoções e de tristeza, mas também como boas notícias “ a filha do José Mário mostrou-se disposta a integrar o corpo de bombeiros”. À Marisa, filha do bombeiro homenageado, foi entregue o clarim urtilizado pelo pai.
Os 82 anos de existência dos voluntários fundanenses ficaram marcados pela bênção de 4 novas ambulâncias, todas com ar condicionado, no valor global de 40 mil euros, suportado pela associação. Duas vieram da Alemanha as restantes do mercado nacional, viaturas que faziam falta à corporação “ é importante nos tempos que os carros tenham ar condicionado. Tivemos que investir em nome do bem-estar dos doentes”, explica o comandante.António Antunes que no discurso, após almoço convívio, teceu critica à extinção do quadro de auxiliares e especialistas, contemplada na reforma efectuada pela tutela.
De acordo com o comandante dos BVF, assim caminha-se para um abismo “ precisamos de voluntários dedicados e não quem inventa leis que apenas têm criado revolta no seio dos bombeiros”Uma preocupação partilhada pelo vice-presidente do conselho executivo da liga dos bombeiros portugueses. Classificando a medida com um erro enorme no processo da reforma, Paulo Hortênsio mostra-se convicto que o quadro vai ser reactivado “ foi aprovada uma proposta, em reunião conselho executivo da liga, no passado dia 22 de Maio, enviada à secretaria de estado da protecção civil, nesse sentido. É triste assistir aquilo que se pode considerar a fabricação de bombeiros por encomenda”, conclui aquele responsável.