Luís Moreira sublinha que os dados do distrito estão abaixo da média nacional, mas ainda há situações detectadas que vão sendo detectadas na actividade inspectiva normal “no âmbito da nossa acção normal ainda vão sendo detectadas algumas situações de trabalho não declarado; penso que isso também é uma consequência dos dias que correm e a própria crise leva a que isso aconteça; de qualquer maneira haverá com certeza outras zonas do país em que a situação é mais gravosa e nós aqui estamos dentro daquilo que é a média nacional mas posso dizer que por vezes, quando fazemos inspecções, ainda vamos detectando situações deste tipo”.
O coordenador da unidade da ACT da Covilhã acrescenta que as empresas e os trabalhadores devem ter cuidados redobrados em relação a este problema, que pode vir a causar outro tipo de constrangimentos “quando há uma inspecção que detecta alguém não declarado ou quando numa situação pior se verifica um acidente ai sim surgem os verdadeiros problemas porque normalmente o trabalhador não declarado não está inscrito na segurança social, não tem seguro de acidentes de trabalho e todas essas desvantagens são acrescidas de coimas e naturalmente que isso acaba por trazer prejuízos grandes às empresas pelo que o melhor conselho que posso deixar é que tudo seja declarado para que todas as partes andem tranquilas”.
Uma situação que também afecta alguns dos trabalhadores estrangeiros a residir na região. No entanto o coordenador distrital do SEF, António Afonso, sublinha que a grande maioria das empresas está a cumprir as regras “de uma maneira geral posso dizer que os incumpridores são as excepções; os casos que temos identificados ao nível do distrito estão em linha com aquilo que é a média nacional sendo certo que esses números apontam para uma tendência decrescente”.