Ana Martins, uma das responsáveis do projecto, sublinha que esse vai ser um dos temas em destaque neste encontro e que resulta de uma parceria entre a UBI e a câmara da Covilhã “vamos fazer um estudo não invasivo sobre os vestígios do mosteiro de Santa Maria da Estrela e durante estes trabalhos vamos ter conferencistas de várias universidades e vamos aproveitar para lançar este projecto e também para dar continuidade a este evento porque muito devemos aos cistercienses na Covilhã apesar de isso muitas vezes ser esquecido”.
Paulo Carvalho, presidente do departamento de engenharia civil e de arquitectura da UBI acrescenta que vão ser utilizadas novas metodologias de investigação “vamos utilizar um método não destrutivo e vamos procurar, através de diferenças de competitividade eléctrica dos diferentes materiais que eventualmente possam lá estar e a partir dai fazer o mapeamento dos eventuais vestígios que possam ali existir; isto vai envolver também toda uma parte da topografia para referenciar vários pontos e espero que dai possam resultar resultados positivos e que permitam avançar para uma fase posterior que é a da escavação”.
Carlos Madaleno, responsável da rede de museus da câmara municipal da Covilhã acredita que o resultado desta prospecção é determinante para que no futuro possam ser efectuadas escavações no sentido de trazer à luz do dia algum património que ali se possa encontrar “nós temos intensão de depois disso efectuar uma prospecção arqueológica; vamos supor que aparece ali um volume que parece uma construção de um muro ou um quadrado que eventualmente indicie uma quadra de um claustro isso será marcado e naturalmente que qualquer pedaço de cerâmica ou vidro que seja encontrado será fundamental para melhor definir as áreas onde a prospecção pode ser feita”.