Quando a marcha dos "Chocalhos" e o rebanho chegam a Alpedrinha, a vila ainda dorme. População e expositores refazem-se de uma noite de muita azáfama e algum sobressalto. É que o festival, ponto de encontro de pessoas de todas as idades, também é espaço para co consumo exagerado de álcool.
Uma situação incontrolável diz o presidente da junta. O autarca local teve conhecimento de dois casos de jovens cuja embriaguez os levou para o hospital, mas prefere destacar o trabalho das forças de protecção civil e segurança
"Tenho que agradecer à GNR e ao serviço privada de segurança que possibilitaram que a ambulância dos bombeiros chegasse à Igreja Matriz para ajudar um jovem menor que consumiu bastante álcool. O problema são as bebidas que trazem de casa", refere Carlos Ventura.
Uma situação preocupante numa festa quer está a perder as características associadas à transumância
" Nomeadamente com a introdução de shots e outras bebidas que em qualquer festa de finalista se vê. Há menos lojas abertas e menos variedade", refere Miguel, natural de Alpedrinha que regressa ás origens em cada edição dos "Chocalhos". O mesmo faz Ana Maria Churro para quem a originalidade da festa se mantem
" A essência mantém-se, é original e muito divertido", argumenta.
Também Luís Oliveira, fundanense, se revê no modelo de uma oferta que diz deve renovar-se a cada ano
" Tem que se renovar e adaptar a cada ano, mas está assumidamente um vento de cariz nacional", conclui.
Ecos dos "Chocalhos" no passeio pedestre, sempre acompanhado pelas ovelhas. Uma iniciativa impar e com muita fama, afirma Alexandra, que viajou de Leiria
" Gostei muito da parte do rebanho e acho que é fantástico recuperar esta tradição".
Pessoas de todo o lado à descoberta de um acontecimento que reúne multidões. Este ano contou com menos participantes serra acima, serra abaixo. Para o ano há mais...